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BEM-VINDO A LISBOA!

Bem-vindos à quarta edição do The New Art Fest — where art meets technology.

The New Art Fest é um festival de arte, ciência e tecnologia, que acontece em Lisboa desde 2016.

Focado na relação instrumental entre arte, electrónica digital, programação computacional, inteligência artificial, robótica, Internet e redes sociais, o The New Art Fest tem como opções curatoriais as relações entre arte e a sociedade a partir das interações entre teoria, crítica, ciência e novas tecnologias. Pretende ainda ser uma plataforma de disseminação de experiências inovadoras.

Durante a preparação da edição do New Art Fest de 2020 ocorreu e ainda perdura um evento mundial catastrófico, invisível, mas altamente destrutivo. A vida cotidiana tombou como um castelo de cartas. Museus e galerias de arte fecharam. Os artistas deixaram de poder trabalhar nos seus estúdios. A nossa vida tornou-se ainda mais digital e mais online, deixando os espaços físicos entregues à incerteza. As tensões políticas em todo o mundo deram o empurrão que faltava para uma tempestade perfeita e para a histeria colectiva. Os patrocinadores desapareceram. O festival ficou, de repente, a flutuar num vazio físico e orçamental.

Havia então duas opções: cancelar tudo o que estava previsto, deitar ao lixo um ano de trabalho, ou migrar em força para as plataformas online. A opção foi não desistir, e assim avançámos para um festival radicalmente desmaterializado, esperando tirar o melhor partido das suas quatro secções: Geração Y, Bit Street Honk Kong, Maker Art e The House of Thoughts. Na ausência de um cubo branco livre de vírus, The New Art Fest 2020 teve que migrar para o éter tecnológico, substituindo o espaço pelo tempo. Isto é, um artista de cada vez…

A exposição GEN Y – Geração Y, reune obras de referências de 12 autores chineses nascidos depois de 1980, inaugurou no dia 9 de julho 2020. A exposição Maker Art, resultado de um Open Call internacional sob o tema Pandemia, que atraiu mais de 150 artistas de todo o mundo, reune obras de 50 artistas, abriu as suas portas digitais a 29 de julho 2020. Bit Street Hong Kong, resultou da parceria entre The New Art Fest e o Content Lab – uma das principais instituições de ‘new media art’ na China, apresentou obras de 4 artistas de Hong Kong,  escolhidos por Isak Lang, curador de Videotage, foi exibido durante os meses de agosto e setembro nas plataformas digitais da MOP-Tomi em Lisboa. A secção House of Thoughts, teve a sua primeira sessão a  7 de agosto 2020, com uma conferência internacional em Zoom, com os artistas e o curador do Bit Street.

Em 2021, o The New Art Fest, retoma a programação de 2020 e regressa à cidade de Lisboa, desta vez com uma programação in-loco.

De julho a setembro marcamos presença no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, nas Carpintarias de São Lázaro e nas ruas de Lisboa, nos painéis electrónicos da MOP-TOMI.

Tal como nas edições anteriores, o The New Art Fest 21, terá um espaço de debate e troca de ideias, House of Thoughts, promovendo debates, conferências e masterclass, presenciais e online, reforçando assim a sua vertente educativa e sócio-cultural.

António Cerveira Pinto
Luísa Moreira
Manifesto do curador

Recomeçar

A pandemia ainda não se esvaneceu. Prevêem alguns que a normalidade, provavelmente uma nova normalidade, só ganhará forma a partir de 2024, ou 2025. Esperemos que venha a ser menos intensiva, exploradora de recursos finitos, consumista, concentrada, pueril e desigual, mais livre e responsável, equilibrada, partilhada e em sintonia crescente, portanto, com o resto da vida e das coisas de que a vida depende. Até lá, melhorar a transparência e qualidade das informações, diminuir a propaganda e a especulação, e imaginar o mundo depois da extensa destruição causada pela pandemia e pela resposta dada é, também, um objetivo prioritário da atividade artística, da cultura na sua mais ampla acepção e, por conseguinte, desde festival.

Tendo sido realizado desde a sua primeira edição, em 2016, em espaços físicos (in real life) e imateriais (online), soube adaptar-se rapidamente aos novos constrangimentos provocados pelo vírus biológico que se espalhou rapidamente pelo planeta. A primeira parte da edição 20_21 do The New Art Fest | where art meets technology, teve por tema a Pandemia, dando lugar a um extraordinário Open Call, no qual participaram 50 artistas e coletivos (selecionados entre 167 candidaturas), a um levantamento da arte chinesa criada pela chamada Geração Y, ou seja, pela geração dos chamados nativos digitais, e ainda a uma colaboração com a comunidade tecno-criativa de Hong-Kong, incluindo videos de cinco artistas escolhidos por Isaac Leung, produzidos em parceria com o Content Lab e o Videotage de Hong Kong, para a rede TOMI, e um painel de discussão online.

O que, apesar de previsto, não foi possível mostrar fisicamente em Lisboa, terá agora lugar, entre julho e setembro, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, nas Carpintarias de São Lázaro, nos painéis electrónico da MOP-TOMI, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e, uma vez mais, na nossa plataforma online. Duas exposições, coletiva no MUHNAC, individual de Rodrigo Gomes (vencedor do Black Raven Award 2020), e a continuação de mais uma edição de The House of Thoughts, começada em 2020 (Sessão 1), e que contará em setembro com a sua Sessão 2, subordinada ao tema Recomeçar (Reboot)..

António Cerveira Pinto